quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Legado de Peter Tosh, assassinado há 30 anos, é mais relevante que nunca



Há 30 anos morria de forma trágica, aos 42 anos, o cantor Peter Tosh. No dia 11 de setembro de 1987, um trio de assaltantes invadiu a casa dele em Kingston, Jamaica, e exigiu dinheiro. O músico afirmou que não tinha nada guardado foi mantido como refém e torturado por horas. Enfurecidos, os bandidos começaram a disparar a esmo e Tosh acabou levando dois tiros na cabeça. 


Nascido Winston Hubert McIntosh, no dia 19 de outubro de 1944, em Grange Hil, Jamaica, Peter Tosh foi um dos artistas seminais no desenvolvimento do reggae. Na década de 1960, ao lado de Bob Marley e Bunny Wailer, ele fez parte do trio The Wailers, que teve papel fundamental em dar um formato moderno ao gênero. Os integrantes se lançaram em carreira solo no começo dos anos 1970. Marley transformou-se uma lenda. Tosh, embora não tenha se tornado tão icônico quanto o ex-companheiro de banda, tratou de deixar um legado de relevância gigantesca. 

Apadrinhado pelos Rolling Stones, ele começou a levar a sua mensagem para outros recantos além da Jamaica. A música dele falava da luta pelos direitos dos cidadãos do terceiro mundo e clamava pelo fim do apartheid e da brutalidade policial contra a população negra. Também pedia e legalização da maconha e reforçava os preceitos políticos e espirituais da cultura rastafári. 

Por Paulo Cavalcanti


“Legalize It” 


Até hoje é o mais conhecido hino pró-legalização da maconha. “Legalize It” foi lançada em 1976 em um álbum homônimo.




“Equal Rights” 

Canção-título do segundo álbum de Tosh, lançado em 1977, “Equal Rights” mirava no regime racista vigente na época na África do Sul, mas também falava sobre injustiças sociais em geral.





"Get Up, Stand Up" 


A música, um ícone do ativismo em geral, mesmo anos depois, foi escrita por Tosh e Bob Marley na época dos Wailers e regravada pelos três integrantes da banda em suas respectivas carreiras. A poderosa versão de Tosh foi incluída no álbum Equal Rights.




“Bush Doctor” 

Outra conhecida canção de Tosh a respeito da legalização da maconha, “Bush Doctor” deu nome ao segundo disco dele, lançado em 1978. Tosh argumenta que cigarros fazem mal à saúde, mas que a erva poderia curar diversos males.



"(You Gotta Walk And) Don’t Look Back” 

Escrita na década de 1960 pela dupla Smokey Robinson e Ronald White, a faixa acabou com o quinteto The Temptations, grande nome da gravadora Motown. Em 1978, Tosh e Mick Jagger deram uma cara nova a ela. Incluído em Bush Doctor, este remake foi um hit mundial.




"Buk-in-hamm Palace” 

Uma das faixas mais interessante de Mystic Man (1979), "Buk-in-hamm Palace” junta reggae com a batida da disco music. A letra sobre fumar maconha dentro do palácio da rainha da Inglaterra.



“Johnny B. Goode” 

A música entrou no disco Mama Africa. A versão de Tosh para o clássico de Chuck Berry ganhou as rádios em 1983. Com um som descontraído, a gravação atualizava para o universo do reggae a história do garoto que sonhava em brilhar tocando guitarra.




“Mama Africa” 

O álbum Mama Africa é o trabalho mais acessível e comercial de Peter Tosh. Ele abrandou um pouco a militância e preferiu se concentrar na música e na produção. A faixa-título é uma homenagem de Tosh ao continente.





"Rastafari Is" 


"Rastafari Is", de Wanted Dread & Alive(1981), prega as ideias do movimento religioso que se desenvolveu na década de 1930 na Jamaica. Tosh canta: "O Rastafari é o senhor dos senhores e o salvador. Ele é o onipotente e magnífico".




"No Nuclear War" 

Derradeiro álbum de Peter Tosh, No Nuclear War (1987) já mostrava o reggaeman tentando entender o som do dancehall, que dominava a Jamaica. A faixa-título era um libelo pacifista contra a guerra nuclear.




Fonte: http://rollingstone.uol.com.br

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