Exodus – “o movimento do povo de Jah”, como cantava a faixa-título do disco – é um álbum tão perfeito que parece uma coletânea. Começa em silêncio absoluto e vai crescendo muito devagar, o que leva o ouvinte a aumentar o volume antes de ser contagiado pelo balanço sincopado da primeira faixa, “Natural Mystic” – “Há uma mística natural soprando no ar / Se você ouvir com atenção vai perceber”, cantava suavemente o mestre. O disco continuava como a urgente – embora sem nenhuma pressa – “So Much Things to Say”, passava pela tensa “Guiltiness”, tornava-se ainda mais pesado com “The Heathen” até terminar o lado A com os quase oito minutos de sua esplendorosa faixa-título. A carga política do disco, no entanto, era suavizada por um lado B dedicado apenas ao amor, que começava em “Jamming”, continuava em “Waiting in Vain”, seguia por “Turn Your Lights Down Low”, “Three Little Birds” para terminar com a antológica “One Love”, que emendava com uma versão de Bob Marley para “People Get Ready”, de Curtis Mayfield.
Creditos: https://matias.blogosfera.uol.com.br/
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